Coronavirus e a segurança dos alimentos

Que medidas de segurança seu negócio de alimentação tem que tomar durante a pandemia do coronavírus?

Já é de conhecimento da população que o coronavírus (COVID-19), não está presente nos alimentos.

A transmissão acontece por secreções (saliva, espirro, gotículas de saliva), de pessoas doentes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), informa que todos nós podemos ser contaminados pelo coronavírus, que vai de sintomas leves até casos mais graves. Porém, também poderemos ser  assintomáticos. Nesse caso podemos ter a falsa percepção de que estamos sadios e acabamos descuidando com a higiene, passando a ser portadores.

Você tem noção da importância disso para seu negócio de alimentação?

O que é importante para todos que manipulam alimentos? Saber como o vírus se comporta e como eliminar ou reduzir os riscos.

Além da concentração de pessoas, as indústrias e serviços de alimentação também manipulam muitos materiais. Diferente de outros vírus conhecidos, o COVID-19 pode se manter ativo em superfícies não higienizadas, como embalagens de alimentos.

Segundo a Universidade de Princeton (EUA), o vírus dura  por até 72h (em plástico e inox) e 24h (no papelão). As embalagens de vidro são mais recomendadas nesse momento, é mais fácil de ser higienizado e, tomando todos os cuidados, é possível reduzir riscos.

Fontes de disseminação

Atenção à esses aspectos para evitar a chamada contaminação cruzada:

  • Superfícies podem ser contaminadas por portadores do coronavírus
  • Mãos sujas, sem higiene correta na manipulação dos alimentos
  • Tocar em superfícies de plástico, inox que não estão devidamente higienizadas
  • Espirrar, falar, tossir sem proteção e não lavar as mãos antes de manipular os alimentos

Tais exemplos não são somente para contaminação do coronavírus, mas para toda cadeia de microrganismos patogênicos que causam doenças, como: bactérias, parasitas, fungos e outros tipos de vírus.

A lei federal (RDC 216/04) da ANVISA já cobra que os estabelecimentos de alimentos garantam essas boas práticas. Mas, é de suma importância para conscientização dos manipuladores, para que apliquem no seu dia-a-dia de trabalho e em casa, afim de reduzir ainda mais o índice de contaminações.

REGRAS PADRÃO:

1a regra: Higiene das mãos

A higienização tem que ser completa, com o uso de sabonetes próprios para mãos, de preferência líquidos, pois eles tem na sua composição produtos adequados para a eliminação de sugidades.

Uso de álcool gel 70% é o  mais indicado. Em percentuais menores contem mais água e não tem condições de atingir a molécula  do vírus. Já o álcool gel é como uma luva invisível, ele permanece mais tempo nas mãos, diferente do álcool liquido, que evapora em segundos.

Toalha de papel. Dê sempre preferência ao uso de guardanapo ou toalha de papel. São descartáveis e não haverá contaminação no ambiente ou em outra superfície.

 2a regra: Comportamento pessoal

O comportamento das pessoas e manipuladores também podem aumentar o risco de contaminação pelo vírus.

Os mercados e distribuidores de alimentos, estão tomando práticas de higiene para os seus colaboradores e clientes. Indicando o uso do álcool na entrada, usando nos carrinhos, limitando a entrada de clientes. Mas, uma situação que não tem como controlar é sobre maçanetas de equipamentos de conservação, contato direto com hortifrúti, uso de equipamentos eletrônicos, etc…

Não adianta usar luvas e não se descartar assim que pega em uma superfície não higienizada.

Máscara tem que ser trocada com frequência.

Esses equipamentos, se não usados de forma adequada, podem ser mais contaminantes, principalmente para quem já tem uma saúde mais debilitada.

 Tanto nos serviços de alimentação quanto em casa devem ser tomados os seguintes cuidados:

1 – Ao chegar na cozinha, antes de armazenar ou manipular, higienize as mãos e as embalagens. Se forem plásticas ou de papel Tetrapac e vidro, podem ser lavadas em água corrente. Em embalagens de papelão, um pano descartável úmido também é o suficiente para retirar grande parte dos resíduos que podem conter o vírus.

2 – Os hortifrúti podem ser higienizados com solução clorada de 2 a 2,5%. Essa solução é capaz de eliminar grande parte dos microrganismos patogênicos além do vírus. Adote o seguinte processo:

  • Lave em água corrente as frutas, folhas de verduras, legumes;
  • Prepare uma solução de hipoclorito de sódio e água para deixar os hortifrúti mergulhados por no minimo 10 min (essa solução deve ser recomendada pelo fabricante de água sanitária. Leia o rótulo, composição química e modo de uso, é importante que tenha essa recomendação, pois assim, esse produto é adequado para uso de desinfecção de alimentos);
  • Enxague em água corrente;
  • Retire o excesso de água;
  • Armazene na geladeira em potes com tampa ou sacos plásticos.

3 – Use sempre utensílios e equipamentos higienizados

4 – Utilize técnicas de diminuição e eliminação de microrganismos como bactérias, parasitas, fungos e vírus, armazenando os alimentos dentro das conservações indicadas:

  • Alimentos congelados em congeladores ou freezers com temperatura negativa: o mais indicado é que a temperatura esteja entre -12°C a – 18°C
  • Alimentos refrigerados em geladeiras com temperatura de 0°C a 5°C
  • Alimentos secos em prateleiras e armários em temperatura ambiente
  • Respeite a validade dos produto
  • Hortifrúti e ovos podem ficar em temperatura ambiente, desde que esteja longe de equipamentos que produzem calor (os já higienizados devem ficar na temperatura de refrigeração até o consumo)
  • Mantenha sempre os alimentos em embalagens íntegras
  • Cozinhe os alimentos atingindo a temperatura mínima de 70°C, só a partir dessa temperatura começa a diminuir a quantidade de microrganismos existentes no alimento

5 – Cuide da higienização dos utensílios de limpeza (vassoura, balde, panos de louça, esponjas, escovões, panos de chão etc…). Eles podem manter por um tempo os vírus e bactérias. Guarde em local adequado.

6 – Use luva só se estritamente necessário. Não utilize luvas se suas mãos estiverem bem higienizadas. O uso delas, de forma incorreta, poderá ser um meio de contaminação.

7 – Use máscara se estiver espirrando, tossindo e troque com frequência.

8 –  Mantenha a cozinha sempre higienizada. Use lixeira fechada com tampa e recolha várias vezes ao dia.

9 – Cuide para que moscas, formigas, baratas, animais domésticos e outras pragas não entrem em contato com os alimentos e superfícies. Eles são vetores de doenças e também podem ser de vírus e outros microrganismos.

10 – De acordo com a recomendação. quando possível, fique em casa, mantenha sua família protegida.

Esse é o momento de estar o mais seguro possível para poder daqui a pouco usufruir da vida que nos foi dada, esbanjando saúde.

 Se você ainda não sabe como proceder corretamente no seu negócio de alimentação, durante a pandemia do coronavírus vou dar consultorias online.

Conte comigo! Veja como.

Regiane Quadro

2 comentários em “Coronavirus e a segurança dos alimentos”

    • Obrigada Rejane, espero que nosso conteúdo ajude a lidar com esse momento que passamos. Se quiser mandar sugestões de outros conteúdos que precisa ou alguma pergunta, fique a vontade 🙂

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